domingo, 27 de dezembro de 2009

A ceux qui revent sans fin

Sinto falta do teu ombro e do teu abraço.
de poder chorar sem ser preciso falar, da tua mao a passar nos meus cabelos e a enxugar-me as lagrimas muito suavemente.
De fircarmos sentadas no nosso canto, a chorar, a rir de tanto chorar e a chorar de tanto rir. Num misto de emoçoes e sensacoes que nem nos conseguiamos explicar, mas que sabia tao bem.
Agarravas a minha com a tua e piscavas o olho.
A troca de olhares, o toque, a intensidade dos momentos, a palavra certa na hora certa...
A dor é uma coisa que se sente em privado e cada um a sua maneira, dizes-me tu.
Mais uma vez presente quando é preciso e mais uma vez inteligente no comentario.

Apetece-me voltar a encontar-te no meu caminho!

Uma nuvem paira sobre o luar alto e claro que teima em entrar pela janela.
O silencio desperta em mim uma emoção ha muito adormecida e esquecida.
O frio da rua mistura-se com o calor do corpo e por momentos tudo se apaga.
Sera que morri?
Nao, talvez nunca me tenha sentido tao viva como neste momento. O medo, a raiva, o frio, a desilusao e o desespero medem forças com o Amor, a vitoria, a admiraçao, a saudade e a esperança.
O bater da porta faz com que os olhos se voltem a abrir e a realidade volta a fazer-se sentir.
Foi tudo um sonho?
Quem me dera, quem me dera que tudo fosse um sonho do qual podesse acordar a qualquer momento e recomeçar de novo.
Será que algum dia vou saber quem ganhou o duelo?
O medo faz-se sentir. Medo de la voltar, medo de continuar e medo de nao conseguir.
Um grito solta-se e o vento sopra com mais intensidade.
A chuva toca-me o rosto e acordo.
JE SUIS EN VIE!
Tudo nao passou de um delirio.
Tudo nao passou de nada.

A unica certeza:
..."Eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim."

Obrigada Tita

Sem comentários:

Enviar um comentário