True Love!

A minha vida sempre foi recheada de amizades! Vários tipos de amizades, aliás! Aquelas que duram desde pequenina com pessoas que não vejo diariamente mas que quando estamos juntas é como se nunca nos tivéssemos separado; Amizades que eu pensava serem verdadeiras mas que se revelaram tóxicas para a minha vida e, apesar de me terem feito sofrer, ensinaram-me uma lição de vida; Amizades que eu pensava serem uma paixão e que se revelaram "amizades de rapazes" e me tornaram na guerreira e maria rapaz que sempre fui; E depois há aquelas amizades conquistadas e vividas na vida académica! Estas ultimas ensinaram-me o verdadeiro significado de companheirismo, amor incondicional, liberdade de sentir, de falar e de ser quem realmente sou sem ter que agradar a ninguém. Todos os dias sinto falta destes meus amigos, de quem gosto como irmãos! E tenho tanta pena que a vida nos tenha separado e que a distância física esteja a ganhar terreno nesta amizade. Eu tenho a certeza que os sentimentos não mudaram de ambas as partes, mas andamos tão ocupados nas nossas vidas que não temos tempo para falar, para ouvir, para marcar a presença. E isso deixa-me tão triste.... Preciso urgentemente de estar com os meus amigos, de sentir que a amizade que Leiria uniu nenhum país pode separar! Resta-me ter esperança de que as verdadeiras amizades não morrem e lutar pelas minhas!

Porque é que o dia só tem 24h?

2016 tem sido um ano de mudanças e projetos. De repente passei de recém-licenciada à procura do 1º emprego a enfermeira com dois empregos, precários, mas dois empregos. Sim, estou muito feliz por finalmente estar a trabalhar em meio hospitalar, estou muito feliz por estar finalmente a ganhar dinheiro e a ter oportunidade de realizar projetos que estão em stand-by há muito mas... (Sim, tinha que haver um mas...)Estou exausta! Nas ultimas duas semanas este é o meu estado normal, exaustão! Porque a vida não é só trabalho e as "minhas" pessoas precisam de mim e da minha presença, a vida pós turno deixa-me sem tempo para dormir ou descansar. Não me estou a queixar, se não fizer isto com esta jovialidade, posteriormente será mais difícil mas pronto. Só queria deixar registado, em registo de enfermagem, que estou fisicamente exausta e preciso de dormir! Esta semana é a SAL. Tenho tentado ocupar o pensamento com outros temas para não pensar muito nisto e não me deixar consumir pelas saudades e pela nostalgia da vida de Estudante! A verdade é que Leiria ficou com parte do meu coração e a vontade de voltar a viver naquela cidade é cada vez maior. Aliás, a vontade de "dar o grito do hipiranga" é cada vez maior, se for em Leiria é a combinação perfeita. Tenho saudades das pessoas que a cidade me deu, saudades da mana do coração, do amigo rapaz e do meu palerma. Tenho saudades daqueles que realmente me conhecem e me conquistaram e de todos os momentos que vivemos... Sei que não se vão voltar a repetir, mas podiamos fazer novos momentos e recordações... Quem sabe se não é mais um projeto de 2016... xD Conclusão deste post: Eu devia estar a morar em Leiria, a trabalhar em Leiria, a coleccionar momentos e vivências em Leiria e o dia devia ter mais de 24h para eu poder fazer tudo aquilo que queria e, ainda assim, ter tempo para dormir!

Vivendo

Hoje, numa tentativa de ocupar o pensamento ou de o substituir por outros menos negativos, lembrei-me de visitar blogues de amigos, conhecidos e etc. E foi muito curioso voltar a ler algumas pessoas e redescobrir esta sensação. Depois, voltei aqui. Há anos que não escrevo aqui. Aliás, há anos que não escrevo. E parece que não sou a única, ao longo dos anos alguns "blogguers" que seguia deixaram de escrever. Nos últimos dias tenho-me sentido "estranha", triste sem razão (aparente), descontente com o quotidiano e demasiado presa a recordações e a acontecimentos passados. Ao voltar aqui a ao ler as ultimas publicações descobri o que se passa: preciso de descongelar! (há imenso tempo que não utilizava esta expressão!) Esta é a verdade. Preciso de libertar todas estas emoções, pensamentos e sensações que se têm acumulado nos últimos tempos. Viver, aparentemente é simples, um dia de cada vez a lidar com as vicissitudes que vão surgindo. Mas eu nunca tive 24 anos, nunca fui "adulta", nunca construí uma vida e planeei um futuro. Pior, nunca ninguém me explicou que era tão difícil e tão desconhecido, talvez, (não consigo encontrar uma palavra que defina este sentimento, é aquela sensação de ir numa estrada, olhar em frente, ver que o caminho continua mas não se vê o que vem a seguir á curva)crescer. No entanto penso que não tenho estado a fazer um trabalho assim tão mau... Consegui acabar o curso, consegui cultivar e preservar amizades, consegui manter o meu relacionamento com o namoradão, tenho acompanhado o crescimento da minha irmã e a família, entretanto já tenho emprego... Tudo se compôs... (aparentemente)mas... Há uma coisa que é a consciência, não entrando em termos técnicos,esta faz com que mantenha os pés no chão e faz com que me aperceba das minhas atitudes ao longo do tempo e das mudanças sofridas. Isto tudo para dizer que tenho saudades de Leiria, tenho saudades da vida de estudante, tenho saudades dos meus amigos e da minha "independência". E se eu tivesse consciência disso há um ano atrás.... Sinto-me melhor depois destas palavras. Acho que já descongelei um bocadinho (e sem lágrimas!) Vai-se vivendo. Até à próxima!

I´m back!

Hoje, quase dois anos depois, apeteceu-me voltar ao blog. Há muito que tinha vontade mas a falta de tempo ou a falta de coragem para assumir e expor as minhas emoções fez-me adiar este regresso. E que falta me tem feito escrever! É bom estar de volta, ler um pouco da minha vida e reviver tudo aquilo que senti há anos atrás. Isto do blog é giro. Vou voltar mais vezes. Quero só realçar que estou feliz. Na vida, nada acontece por acaso e, de vez em quando, somos presenteados com dias que nos fazem esquecer as coisas más e sentir-nos fortes, imbativeis e orgulhosos do nosso caminho! Hoje estou feliz.

Só ele para me definir, neste momento...

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Estou cansado (a) Estou cansado, é claro, Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado. De que estou cansado, não sei: De nada me serviria sabê-lo, Pois o cansaço fica na mesma. A ferida dói como dói E nao em função da causa que a produziu. Sim, estou cansado, E um pouco sorridente, De um cansaço ser só isto - Uma vontade de sono no corpo, Um desejo de não pensar na alma, E por cima de tudo uma transparência lúcida, Do entendimento retrospetivo... E a luxúria única de não ter já esperança? Sou inteligente; eis tudo. Tenho visto muito e entendido muito do que tenho visto, E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá, Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos

Lost

Desde há um ano atrás, são inumeras as coisas que ganhei com a vinda para Leiria. Desde independencia, responsabilidade eexperiencias, a pessoas, momentos e muitos, muitos conhecimentos. Contudo, nos ultimos dias só me consigo recordar de todas as coisas que perdi ao longo deste mais de uma ano. Perdi o tempo e o contato com amigos; Perdi e perco diariamente o crescimento da minha irmã. Perdi o karáte. Como é possivel 10 anos da minha vida perdidos em alguns meses? Perdi treinos intensos, competiçoes e convivios que mantiam mais viva do que qualquer outra pessoa. Perdi a coisa que mais me ensinou sobre a vida, formas de estar na vida e que me permitiu descobrir e desenvolver a minha alma de guerreira e que me ajudou a nunca desistir daquilo que quero. O karaté tornou-me forte, calma, paciente, tranquila, adulta e completa e, neste momento, sinto que metade de mim está vazia. Perdi o "Meu Tourizense!" Como fui feliz a percorrer aqueles relvados, a conhecer aquelas pessoas, a admirá-los, a fazer parte daquela familia ajudando-os com as lesões, saudades de casa e dificuldades. Foi lá que aprendi a andar, a falar, a gostar de desporto e de futebol, a olhar toda a gente da mesma forma independentemente da cor, altura ou nacionalidade, foi lá que me formei enquanto pessoa. Foi lá que vivi alguns dos melhores momentos da minha vida e esses já ninguem mos tira. Chorei em cada derrota e em cada vitória daquele clube. Gritei até ficar sem voz. (Andei à porrada por aquele clube). Contra tudo, contra todos, ao sol, ao frio, à chuva eu estive a apoiar a minha equipa de sempre, cheia de orgulho por todas as conquistas e todos os feitos alcançados mesmo quando era "teorica ou matematicamente impossivel". Estive lá e, de repente deixei de estar. A unica rapariga nas bancadas. A unica rapariga no balneario ou a unica rapariga na claque deixou de existir. Parti o legado que me foi transmitido e abandonei aquilo em que sempre acreditei e me mantinha fiel a mim mesma. Hoje, a minha equipa alcança mais um feito. Desta vez o jogo com a Academica de Coimbra para a Taça de Portugal e mais uma vez não vou estar a apoiar a minha equipa. E ninguem pode compreender a tristeza que sinto por isto estar a acontecer. Sinto que perdi tudo aquilo que me dava prazer na vida. Já não me sinto a mesma pessoa e, neste caso, isso nao é bom porque apesar de achar otimo a minha maturidade e crescimento estas coisas eu devia ter mantido. Devia continuar a manter-me viva e a sentir-me bem. Neste momento, não há nota em nenhuma frequencia que supere as alegrias e vivencias que tive e senti tanto no karaté como com o meu Tourizense! Mas, ninguem disse que ia ser fácil!!

Uuff...

Nao morri! Muito pelo contrario, sinto-me viva outra vez. Não consegui correr a volta que fazia ha 6 meses atras, mas aguentei mais do que estava à espera... xD O apendice ainda deu sinal de desgosto e doeu um pouco, mas a adrenalina era tanta que nem isso me parou. Foi bom voltar a sentir os musculos a esticar, a respiração ofegante e a transpiração. Já tinha saudades de ficar com os musculos a tremer e os abdominais a doer. Amanha vai ser bom ter dores a subir a escada. Sim, porque nao fiquei em casa. Fui correr. P.S- Agora sou praticante assidua de pillates. :P muito chique... :p