Vivendo

Hoje, numa tentativa de ocupar o pensamento ou de o substituir por outros menos negativos, lembrei-me de visitar blogues de amigos, conhecidos e etc. E foi muito curioso voltar a ler algumas pessoas e redescobrir esta sensação. Depois, voltei aqui. Há anos que não escrevo aqui. Aliás, há anos que não escrevo. E parece que não sou a única, ao longo dos anos alguns "blogguers" que seguia deixaram de escrever. Nos últimos dias tenho-me sentido "estranha", triste sem razão (aparente), descontente com o quotidiano e demasiado presa a recordações e a acontecimentos passados. Ao voltar aqui a ao ler as ultimas publicações descobri o que se passa: preciso de descongelar! (há imenso tempo que não utilizava esta expressão!) Esta é a verdade. Preciso de libertar todas estas emoções, pensamentos e sensações que se têm acumulado nos últimos tempos. Viver, aparentemente é simples, um dia de cada vez a lidar com as vicissitudes que vão surgindo. Mas eu nunca tive 24 anos, nunca fui "adulta", nunca construí uma vida e planeei um futuro. Pior, nunca ninguém me explicou que era tão difícil e tão desconhecido, talvez, (não consigo encontrar uma palavra que defina este sentimento, é aquela sensação de ir numa estrada, olhar em frente, ver que o caminho continua mas não se vê o que vem a seguir á curva)crescer. No entanto penso que não tenho estado a fazer um trabalho assim tão mau... Consegui acabar o curso, consegui cultivar e preservar amizades, consegui manter o meu relacionamento com o namoradão, tenho acompanhado o crescimento da minha irmã e a família, entretanto já tenho emprego... Tudo se compôs... (aparentemente)mas... Há uma coisa que é a consciência, não entrando em termos técnicos,esta faz com que mantenha os pés no chão e faz com que me aperceba das minhas atitudes ao longo do tempo e das mudanças sofridas. Isto tudo para dizer que tenho saudades de Leiria, tenho saudades da vida de estudante, tenho saudades dos meus amigos e da minha "independência". E se eu tivesse consciência disso há um ano atrás.... Sinto-me melhor depois destas palavras. Acho que já descongelei um bocadinho (e sem lágrimas!) Vai-se vivendo. Até à próxima!