Durante a minha viagem diária pelos blogues encontrei um poema do David Mourão Ferreira nos Carapaus.
Como é obvio, quando gosto e nao conheço, vou pesquisar.
Aquando disso, o sr. Nuno Tex veio a minha beira e quando viu o que estava a fazer congratulou-me e, como se isso nao bastasse aconselhou-me este poema (que adorei):
Ilha
Deitada és uma ilha E raramente
surgem ilhas no mar tão alongadas
com tão prometedoras enseadas
um só bosque no meio florescente
promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da planície adolescente
Deitada és uma ilha Que percorro
descobrindo-lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro
ou se te mostro só que me inebrias
Amiga amor amante amada eu morro
da vida que me dás todos os dias
David Mourão-Ferreira
Espero que gostem.
Isto, ou aquilo que está por detrás da obra de arte, é aquilo que falta a muita gente que se cruza comigo.
;)
Sem comentários:
Enviar um comentário