segunda-feira, 12 de novembro de 2012

" apetece-me encontrar-te de novo no caminho"

Esta é a frase que, 6 meses depois, me fez voltar a escrever aqui. Durante estes meses muitas coisas, boas e menos boas, aconteceram na minha vida. Pessoas que entraram, pessoas que (inesperadamente) sairam, momentos únicos que jamais vou esquecer,o primeiro estágio no hospital, os primeiros doentes, as ferias, o regresso as aulas e, mais recentemente, os meus 21 anos. Não chorei durante aproximadamente dois meses. Sentia-me, como alguem uma vez definiu este estado, congelada. Este fim de semana, o meu iceberg começou a derreter e desde então não tem sido fácil controlar a overdose de emoçoes qeu me enchem a mente. É verdade, não páro de chorar desde sábado há noite, salvo algumas horas de descanso das vias lacrimais. xD E sinto-me tão bem... Finalmente estou a libertar este peso que há tanto tempo teima em me puxar para baixo. Este peso que coloca um sorriso na minha cara e me faz agir como se tudo estivesse bem. Na verdade nada está mal. Mas nao sei porquê nao consigo sentir que tudo está bem. Dizem que a adolescencia sao tempos contorbados e dificeis de atravessar. Na minha opiniao, a maturidade, a confirmaçõ da personalidade, a incerteza do futuro, a ansia pelo amanha e sobretudo a responsabilidade, conjugados com a falta de oportunidades e sentimento de impotencia perante a realidade é muito mais insuportavel que todas aquelas duvidas da adolescencia. Quero crescer! Nao em idade mas em experiencias, em oportunidades e sobretudo em certezas! Quero uma familia minha! Quero o meu espaço com o Di, quero muito ter um filho e viver a minha vida. A minha vida com ele, a minha familia. Quero sentir-me realizada tendo aquilo que sempre desejei e levantar-me a cada manha cheia de energia para mais um dia num hospital a salvar vidas! Estou cansada de problemas, de sacrificios e de pessoas que agem como se estivessem na idade do ciclo. Nao tenho tempo a perder com isso, nao tenho paciencia e sobretudo nao tenh vontade de obrigar os outros a crescer. Tenho pena de cada vez me sentir mais sozinha. Gostava de partilhar estes sentimentos com alguem que os entendesse realmente e que nao me chamasse "velha" ou um ser vindo dos antepassados. Eu só gostava que as coisas me corressem bem, de conseguir ser uma boa filha, uma boa namorada e sobretudo uma boa amiga. Tudo me vai fugindo aos poucos. Boa filha ja deixei de ser ha muito tempo, a independencia e o espirito maternal em crescendo têm destas coisas. Os amigos? onde é que eles estão? Hoje, cada um só se preocupa com o seu proprio umbigo. Os bons, um a um foram-me deixando, restam as duas fortes resistentes (k e li) que de vez em quando lá levam com uma crise, mas sobretudo que levam com os meus momentos. Tenho saudades da Rosa Branca, nao da atual que sinto que não conheço, mas da antiga, daquela que realmente me apetece encontrar de novo no caminho. É mais uma das aprendizagens da vida e há que olhar para o futuro. Entre cada lagrima respiro fundo e sinto-me viva! Vou aproveitar cada dia intensamente, vou rir, chorar, correr, fazer abdominais, comer chocolate, dormir, ler, enfim, vou fazer o que me apetece porque não é todos os dias que descongelamos e a vida é efemera!

1 comentário:

  1. Tu sabes que o tempo por vezes não é muito... A vida atarefa-nos de tal maneira que nos esquecemos de fazer coisas que jamais deviam ser esquecidas.
    No entanto, sabes que eu estou e vou estar SEMPRE aqui :)

    ResponderEliminar